30 de jun. de 2011

O Tempo

O Espiritismo nos ensina que o tempo é uma concessão divina, necessário para que o espírito imortal o utilize em cada etapa de sua jornada para avançar um pouco mais na sua evolução.

Mas qual o tempo real? Aquele que mede os séculos, criados nos calendários das convenções humanas, ou o tempo divino, vigente não só na Terra, mas em todos os Planos habitados, Galáxias e Sistemas do Universo?

O Mentor espiritual de Chico Xavier, Emmanuel, nos ensina que o tempo Cósmico constitui um patrimônio na Construção Universal. Contudo, a criatura humana ainda em plano de provas e expiações não consegue, na maioria das suas reencarnações ver o tempo desta maneira. Diante de nossa pequenez no processo de evolução, nos utilizamos deste tempo não para este processo, mas sim, para seguir regras seculares, desperdiçando nossas ações nas ilusões do Mundo, criando situações para logo em seguida recomeçar novamente.

“Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações[1]...”

Lembremo-nos que nossas reencarnações não são destinadas ao ócio, ou a conclamação de que tempo é dinheiro. É ao contrário um balsamo necessário para aquisições de experiências e despojos das paixões da carne, construídas nesta encarnação e também em outras.

O tempo de agora é para desatarmos os nós de vidas passadas, de não o fazermos mais nesta, e começarmos a evoluir por meio de nossas ações, verbos e pensamentos.

Afinal, continua em seus ensinamentos Emmanuel.

 “Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor[2]”.



Jivago Dias Amboni – Centro Espírita Círculo da Luz, Criciúma-SC



[1] Obra: Caminho, Verdade e Vida, Ditado por Emmanuel a Chico Xavier, ed. 2008
[2] Idem, p. 18, Ditado por Emmanuel.

23 de jun. de 2011

A Importância de Estudar Espiritismo

A Revelação Espírita tem em Kardec a sua base. Foi a partir de um estudo sério e racional sobre os chamados fenômenos espíritas que a codificação, ou os primeiros registros começaram a ser organizados por este pesquisador para a posteridade.

E foi com esta finalidade que o espiritismo em seu tripé, unindo a filosofia em sua primeira revelação com o Livro dos Espíritos, a ciência sendo a segunda com o Livro dos Médiuns, e religião com o Evangelho Segundo o Espiritismo teve sua codificação inicial. Seu fortalecimento se deu no século de amadurecimentos científicos, onde esta doutrina se fez ouvir perante os homens, resplandecendo como a luz, não para alterar os conhecimentos construídos até então, mas para atualizá-los, longe de superstições, misticismos e dogmas. O espiritismo vem descortinar o véu dos “mistérios” religiosos, trazendo o cristianismo redivivo novamente para os homens.

Neste ínterim, a Doutrina esclarece o passado, ilumina as demais correntes espiritualistas, recoloca a criatura em seu caminho, pois ensina a Esta o porquê da vida atual, ligando sistemas que até então pela imposição dos homens eram aparentemente contraditórios. Esta doutrina trás de volta os ensinos dos povos primitivos, comprova a ligação e a comunicabilidade com o mundo invisível, demonstra que a estada do espírito no corpo carnal faz parte da escola de aprendizado, revela definitivamente os horizontes infinitos, e abre uma nova perspectiva para a humanidade.

Com tudo, seu estudo aprofundado e de forma séria se faz necessário. Somente com esse estudo entenderemos o processo de nossas vidas, libertaremo-nos, pois a mente aberta liberta, e conquistaremos nossa fé raciocinada sabendo o que somos, de onde viemos e de acordo com o nosso merecimento – livre arbítrio – por onde caminharemos em nossa próxima existência, nos coloca a frente e responde questionamentos que outrora atormentaram os Seres.

Esta é a proposta do Espiritismo, seus discursos estão fundamentados nas obras espíritas, nos postulados científicos, filosóficos e na comunicação com os espíritos. Embasa-se também nos registros históricos de todos os tempos, mas para que tenhamos acesso as estas verdades, temos que abrir o véu de nossas mentes, descortinarmos a ignorância e ouvirmos o balsamo que jorra todos os dias dos ensinamentos de nossos irmãos que já encontraram a luz.

Estudando a Doutrina entenderemos que ela é o resultado de um processo milenar, originário das Leis da Natureza que esta em todo o Universo, e por sua vez sempre esteve dentre os homens.

Em todos os tempos, luzeiros da verdade têm baixado a humanidade; todas as religiões têm tido o seu quinhão, mas as paixões e os interesses materiais bem depressa velaram, desnaturaram seus ensinos; o dogmatismo, a opressão religiosa, os abusos de toda espécie levaram o homem a indiferença e ao ceticismo...[1]



As vozes do alto novamente voltaram a se fazer ouvir, ecoam por toda parte nos dizendo que o espírito é imortal, que é um eterno viajor do Cosmo, e que renasce na carne quantas vezes for necessário para o seu esclarecimento, seu aperfeiçoamento a caminho da luz. Afinal “O ser humano é um espírito em processo de crescimento intelecto-moral” nos diz Manoel Philomeno de Miranda[2] em obra psicografada.

Daí a necessidade de estudá-lo e entende-lo com seriedade, buscando-se obras realmente sérias. Só assim o processo de transição por que passam as almas será entendido. As Casas Espíritas estão de portas abertas para manter esta proposta, objetivando fazer com que a criatura reforme-se moralmente, uma reforma que depende deste próprio espírito encarnado, e que só se fará com a junção da fé e da razão, lógica esta pregada pela Doutrina dos Espíritos.



[1] DÉNIS Leon, Depois da Morte, p. 437, edição 2009.
[2] Obra: Transição Planetária, psicografia de Divaldo Pereira Franco.