No caminhar de nossa vida[1]
somos questionados sob nossos passos. Questionamentos que ora nos vem pela
imposição social, outrora por aqueles que nos cercam[2].
O que pensar sobre
isso? Será que todos viemos a Terra para caminhar nas mesmas estradas? Muitos,
por não entenderem que a resposta para o
segundo questionamento é não, criam mecanismos interligados a cultura[3]
para questionar as formas de viver diferenciadas.
Sabemos que a família
ao se formar na Terra, assim se consolida para auto-auxílio entre espíritos
endividados em sua jornada. Por vezes, esta união carnal sob o mesmo teto pode
servir também para que um espírito ajude os demais, ou seja ajudado.
Benfeitores
espirituais nos explicam por sua vez, que nem todos vêm ao Orbe para construir
tal matriz. Em resposta dada pelo Espírito Camilo[4] a
respeito daqueles que no seu caminhar não sentem a necessidade de união carnal,
ou que não tenham por ventura recebido espíritos para o reajuste[5]
temos a seguinte explicação:
“...Nem todos os indivíduos
reencarnados no mundo vêm com compromissos estabelecidos para o matrimônio.
Incontáveis criaturas chegam ao planeta para, na época prevista experimentar a
solidão, em nome da lei de causa e efeito, que estabelece a pauta das provas e
das expiações das pessoas... Muitos que reencarnam comprometidos com
profundos descobrimentos e investimentos científicos, com atividades abnegadas
na esfera religiosa, ou deveres outros a exigir dedicação quase exclusiva
em prol da causa social ou sócio-moral do mundo, já sabem, no seu mundo íntimo
– percebem-no por intuição – que o matrimônio ou um relacionamento estável com
alguém não costa de sua “agenda” reencarnatória.” (grifo nosso).
Embora a colocação
acima analisada tenha como referencia reencarnes em missão[6], encontramos
também situações em que a criatura não se encontra em fase de relacionamentos
outros em virtude de abusos cometidos em existências pretéritas, que de acordo
com a Lei de ação e reação, apresentam-se no Mundo para burilar estas forças desequilibradas
por meio de sentimentos como a solidão reflexiva, ou outros infortúnios
necessários para o “... equilíbrio e
harmonia, o que, com certeza, não ocorreu em vivências transatas[7]”.
Do berço ao túmulo
caminhamos[8]. Cada
espírito em sua fase de burilamento, buscando sanar as vicissitudes criadas por
ele próprio. A encarnação atual é sempre a que nos da o tempo necessário para
as reformas, muitas delas vem da ação, tantas outras, da paciência[9] e
reflexão.
Que entendamos o
processo de cada um. Pois não sabemos os comprometimentos ou as bem
aventuranças daqueles que caminham no Planeta escola ao nosso lado.
Jivago Dias
Amboni
[1] Atual
reencarnação.
[2] Amigos,
companheiros de trabalho, familiares e etc.
[3] Aqui
entendendo-se como paradigma do meio no qual a pessoa esta inserida.
[4] Mensagem
mediúnica recebida por Raul Teixeira pelo espírito de Camilo (benfeitor
espiritual).
[5] Filhos
sanguineous ou não.
[6] Espíritos
mais experimentados que já reencarnam com um foco construtivo.
[7]Camilo
no livro Desafios da Vida Familiar.
[8] Período
de uma encarnação. Não contando as demais.
[9] A
Doutrina Espírita nos ensina que o tempo é usufruto concedido para que possamos
aproveitar para nossa evolução.