O Desenlace dos corpos físicos, muito
incompreendido no Ocidente em virtude das construções ideológicas e teológicas
construídas ao longo dos processos históricos, trata-se em suma de um processo
natural, que vai colocar o Espírito em situações construídas por ele próprio em
sua última encarnação.
Ao deixar o vaso somático, o espírito leva
consigo o corpo perispiritual, vaso menos denso que o corpo físico, e
responsável por manter a individualidade do Ser até aquele momento, guardando
todos os registros das trajetórias múltiplas.
Para uns a chamada morte pode ser envolta de
transtornos de consciência, ocasionados por ações mal construídas no livre
arbítrio, ou ao contrário, algo positivo, sem muitas aflições. Ensina-nos a Doutrina
Espírita.
“O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser assim resumido: Tanto
maior é o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a
presteza deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do
Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual
um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo[1].”
O resultado esta justamente na diferença de
estarmos mais harmonizados ou não no momento do desencarne. Quanto mais desprendidos
das paixões do plano Terra, mais fácil compreenderemos nosso processo, e em
caso de necessidade de reencarne, voltaremos mais evoluídos intelecto e
moralmente.
Resta-nos saber se estamos aproveitando este
momento para a reflexão, a harmonização,
e o desprendimento. Uma pensar sobre isto, bem como uma mudança de postura
frente ao Mundo se faz necessário.
A citação acima será uma realidade ou não,
dependendo daquilo que fazemos do tempo.
Jivago Dias Amboni