7 de jan. de 2012

O Momento do Desenlace:


O Desenlace dos corpos físicos, muito incompreendido no Ocidente em virtude das construções ideológicas e teológicas construídas ao longo dos processos históricos, trata-se em suma de um processo natural, que vai colocar o Espírito em situações construídas por ele próprio em sua última encarnação.

Ao deixar o vaso somático, o espírito leva consigo o corpo perispiritual, vaso menos denso que o corpo físico, e responsável por manter a individualidade do Ser até aquele momento, guardando todos os registros das trajetórias múltiplas. 

Para uns a chamada morte pode ser envolta de transtornos de consciência, ocasionados por ações mal construídas no livre arbítrio, ou ao contrário, algo positivo, sem muitas aflições. Ensina-nos a Doutrina Espírita. 

“O estado do Espírito por ocasião da morte pode ser assim resumido: Tanto maior é o sofrimento, quanto mais lento for o desprendimento do perispírito; a presteza deste desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito; para o Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual um sono breve, isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo[1].” 

O resultado esta justamente na diferença de estarmos mais harmonizados ou não no momento do desencarne. Quanto mais desprendidos das paixões do plano Terra, mais fácil compreenderemos nosso processo, e em caso de necessidade de reencarne, voltaremos mais evoluídos intelecto e moralmente.

Resta-nos saber se estamos aproveitando este momento para a reflexão,  a harmonização, e o desprendimento. Uma pensar sobre isto, bem como uma mudança de postura frente ao Mundo se faz necessário.

A citação acima será uma realidade ou não, dependendo daquilo que fazemos do tempo.

Jivago Dias Amboni


[1] O Céu e o Inferno. Obra do Pentateuco Kardequiano - 2ª parte - Capítulo 1. Item 13.